segunda-feira, 29 de novembro de 2010

OFICINA DA IMAGINAÇÃO


Reserve já sua vaga!!! Vagas limitadas...

sábado, 30 de outubro de 2010

Imaginar é criar, transformar, sonhar, brincar, sentir que somos capazes de ir além e ampliar nossas "imagens" continuamente!!!! (Carla Tosatto)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

INSCRIÇÕES ESGOTADAS PARA ESTA EDIÇÃO!!!

AGUARDE A PRÓXIMA!!!!





domingo, 3 de outubro de 2010

Metamorfose

A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.

Manoel de Barros

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

APRENDIZAGEM



Sinfoniam orquestras no íntimo do aprender
menu do dia:
degustação do vivido ao sabor do saber

novidade se instala
iluminam-se girassóis

compartilhar piqueniques 
na relva de Monet 

Chris








segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Conheça melhor as oficinas

OFICINA DE IMAGINAÇÃO

Grupo Metamorfose


“ As pessoas sem imaginação
podem ter tido as mais imprevistas aventuras,
podem ter visitado as terras mais estranhas.
Nada lhes ficou. Nada lhes sobrou.
Uma vida não basta apenas ser vivida;
também precisa ser sonhada.”

Mario Quintana







No ir e vir das pessoas apressadas, a arte e a cultura presentes no nosso cotidiano são quase invisíveis. Obnubilados pela fumaça, pela repetição, pelo lugar comum os cidadãos não educam sua escuta, seu olhar e seu fazer, sua imaginação. No entanto, cada vez mais se agarram às coisas e almejam Ter, deixando de lado a sensibilidade, a filigrana perceptiva, o colorido da história, a memória humana, a expressão criativa e quase tudo que se relaciona à sua humanização.

O desenvolvimento da imaginação deve ser tarefa da sociedade como um todo e as instituições nas quais transitam a cultura podem ser elementos importantíssimos para a formação de pessoas sensíveis à arte tendo como objetivo o resgate do encantamento. Isso pode acontecer por meio da interação de várias linguagens e pela harmonização das diferenças.

Segundo Yves de La Taille as crianças da atualidade são convidadas a viver num mundo imaginário construído a partir dos apelos da mídia, que em última instância tem por trás a idéia da formação de consumidores e não de seres humanos conscientes e transformadores.

Nossa proposta vem em outra direção, pensar a imaginação como mediadora entre dois mundos: o mundo do mistério e o mundo do sensível. Ou seja, vivenciar o ato de imaginar a partir de nossas raízes simbólicas, nossas histórias, agindo neste espaço contraditório entre a realidade e a imaginação. Para CORBIN apud BARROS (2005 p. 135) em Educação e Transdisciplinaridade III

“[...] A imaginação tem sempre um caráter intermediário e se situa no sensível e no inteligível, nos sentidos e no intelecto, no possível, necessário e no impossível, de maneira que é um pilar do conhecimento verdadeiro, o conhecimento que é gnose, sem o qual haveria somente um conhecimento sem consistência.”



Oportunizando essa formação ao educador, acreditamos em um efeito em cascata, pois um olhar sensibilizado poderá sensibilizar muitos outros; uma escuta refinada poderá entusiasmar muitas outras; uma ação criativa e expressiva poderá contaminar muitas outras e com isso a comunidade banhar-se-á também de cultura e arte, re-significando o lugar dos sonhos, da imaginação e do simbólico no cotidiano.

A Oficina da Imaginação é uma iniciativa provocadora que o Grupo Metamorfose traz com a intenção de sensibilizar e formar educadores para que, efetivamente, o espaço educativo acolha e liberte, sem medo, o imaginário do sujeito.
                                                         

OFICINA - GRAFIA DA RUA

Oficina desenvolvida no Museu Oscar Niemayer 


Viver a rua de cada um, compartilhar idéias e sentimentos e expressar-se...

Dar forma ao grito de cada um...




Ensaio Sobre a Rua



                                                           Sandra Mári Encarnação Franz



    Segundo dicionários etimológicos a palavra "Rua, do latim ruga, sulco”. Apenas isso, a rua como traçado. Ao transitar por esse traçado o ser humano deixa a rua prenhe de significados irreverentes, artísticos, poéticos, chocantes, contraditórios... afinal, a rua torna-se um palco público de contínuas narrativas urbanas absolutamente reais. Porém, assim como a história que está sempre em mutação, a rua também acompanha esse processo. Por isso, as ruas de hoje contam histórias bem diferentes das que contaram aos nossos avós. Certamente na memória deles, a rua aparece como um palco de brincadeiras, esconde-esconde, amarelinha, corda, anel só para citar algumas. Era também, lugar de encontro marcado dos vizinhos e amigos. Esse espaço então, era muito mais das crianças do que dos adultos ou dos carros. Lugar de criação, fantasia, simbolismo, afinal o lugar onde se experimentava as primeiras relações sociais.



     Na rua também está presente o apelo ao consumo e junto com isso, a presença do olhar de quem está à margem do sistema. Nessa ótica, a rua simboliza, com suas tantas vitrines, um ideal inatingível para muitos. Como disse Baudelaire em poema “Os Olhos dos Pobres”: “Os olhos do pai diziam: "Como é bonito! Como é bonito! Parece que todo o ouro do pobre mundo veio parar nessas paredes." Os olhos do menino: "Como é bonito, como é bonito, mas é uma casa onde só entra gente que não é como nós." Hoje a Rua está bem diferente; as pessoas sentem-se mais seguras quando andam em grupo e se identificam pelo jeito de agir, falar, vestir e andar. Mas quem sabe, um olhar mais atento, não identifique hoje esse jeito moleque, irreverente, alegre, sonhador e contestador pedindo de volta sua rua? Ou, ainda, no andar ligeiro, no olhar medroso e na insegurança não resida o vazio de uma rua da infância? Afinal, a rua, então, passa a ser o imenso palco para todas essas manifestações sociais. A verdade é que, hoje, de forma expressiva ou discreta, muito do que se tem e do que se é está na rua. Ela inventa moda, inventa palavra,inventa música e inventa arte.


Obra da Artista Plástica Chris Petrelli



                                                      

GRAFIA DA RUA



                 Laura Monte Serrat Barbosa





No espaço urbano
Rua vai, rua vem...
Agito, muito engano,
Tristeza, desengano...
Saudade de um bem.


Luzes em movimento,
Brancas e coloridas;
Lixo podre e fedorento;
Câes e gatos sarnentos
Dando conta desta vida.


Tem gente já sem noção;
Tem gente que está a trabalho;
Tem carro, carrinho e carrão;
Tem gente que lambe sabão
E adormece no borralho.

Tem gente voltando da festa;
Tem gente que já caiu;
Tem muro, tem grade, tem fresta;
Tem casa rica e modesta;
Tem coisas que nuca se viu.


Vive na rua, a mulher,
O mendigo e o bacana;
Vive uma tristeza qualquer;
Vive o bem e o mal-me-quer;
Vive o artista profano.


Ruas desenham a cidade...
Grafam mapas em seu chão,
São sinais de urbanidade,
Cenários de barbaridades
E lugares de emoção;


Espaço para o protesto,
Nos muros, trens e porões-
Em traços leves ou funestos,
Estilos rebuscados ou modestos-
Desfilam indignações.


OFICINA - EU FEMININO

                                                                          Grupo Metamorfose


    Frente à fugacidade do mundo; às soluções práticas e efêmeras que damos aos problemas hoje e à forma fálica como temos nos colocado diante deles; o aumento da violência; a fragmentação da família; e outros fenômenos da atualidade; vimos oferecer uma semente de resgate do Eu Feminino como uma possibilidade de humanização das nossas relações e atitudes no cotidiano.

    Esta semente tomou a forma de uma oficina intitulada EU FEMININO - UM RESGATE PARA ALÉM DO GÊNERO. Acreditamos que a porção feminina e a porção masculina precisam encontrar-se, entrelaçarem-se, serem tecidas juntas para que possam formar um todo. 

    As mulheres precisam do feminino que, segundo Rosemarie Muraro, se traduz como atitudes de cooperação, de cuidado, de contenção, entre outros e do masculino que pode ser entendido como a capacidade de ousar, de tomar decisões de se lançar para o mundo. As mulheres hoje precisam deste equilíbrio. 

    E os homens? Os homens também, pois ocupam hoje, mais do que nunca, um espaço doméstico importante, no qual suas atitudes decididas são fundamentais, mas suas capacidades de compreensão, de acolhimento e de colaboração, também, compõem o seu todo como participante do mundo. 

    Assim também acontece nas relações, na convivência. Sempre que temos tecido junto fios carregados da cor e da textura do feminino, com aqueles que trazem as nuances do masculino teremos um todo interessante e humanizado. 

    A educação precisa disto, tanto aquela que se desenvolve nas escolas, quanto as que acontecem no interior da família e da sociedade de forma geral.

    Neste sentido, esta semente será lançada e a discussão pode começar ou continuar a acontecer em você (no seu espaço de convivência).





terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ser Urbano

URBANO CANIBAL (Fernanda Abreu / Lenine)

Sou urbano canibal
feito de carne e açosemente e bagaço
plantado no asfalto
no meio de tudo

Sou urbano canibal
pele couro de cobra
olhos duros de vidro
corpo todo partido
tudo breu, tudo escuro

Sou urbano canibal
sou do bem, sou do mal
sou excesso total
selvagem racional
eu tô pixado no muro

Sou Peri da Periferia
Sou Ceci do Borel
Sou da Selva de Pedra
Sou do Arranha-Céu
Sou Babel

Sou urbano canibal
Eu devoro, eu mastigo
esse corpo cidade
de vaga identidade
me tornando o que sou
Sou urbano canibal

sou o samba no morro
sou a bala perdida
a voz da torcida
a trave e o gol

Sou urbano canibal
esse é meu alimento
becos, ruas, esquinas
carros, pontes, vitrines
sou geléia geral


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sensibilizar educadores...

"A viagem da descoberta consiste não em achar novas paisagens, mas em ver com novos olhos." Marcel Proust

Educadora Caminhante

Laura Monte Serrat Barbosa

http://www.monteserrataprendizagem.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de agosto de 2010